sexta-feira, 4 de setembro de 2009

'Monopólio' das iluminações enfrentado pela Indutora

DUAS EMPRESAS A CONCURSO AMEAÇAM INTERESSES DA LUSOESFERA.
Data: 04-09-2009



O concurso público que vai atribuir a uma empresa a concepção e execução das iluminações de Natal e Fim-do-ano encerra este ano a novidade de registar dois concorrentes.

Se durante os últimos vinte anos a SIRAM, a partir de diferentes participadas, foi garantindo o negócio sem oposição, este ano apresentaram-se a concurso não só a Lusoesfera do universo SIRAM, bem como um consórcio constituído pela Indutora e pela Som ao Vivo, uma empresa especializada em som.

Num negócio que pode valer 6 milhões de euros, mas cujo contrato é válido por dois anos, obrigando o vencedor a garantir a iluminação não só durante as festas de Natal e do Fim do Ano, como no Carnaval e Festa da Flor, a Secretaria Regional do Turismo e Transporte exige que a empresa vencedora conceba e execute a iluminação das principais ruas do Funchal, bem como a colocação de gambiarras em todas as estradas das freguesias do concelho.

Ao contrário do que seria de supor, o preço tem um peso de apenas 15% na decisão final, pelo que o concorrente que mostrar ser mais criativo, inovador e o que melhor souber traduzir nos efeitos luminosos os quadros alusivos à época ou à cultura madeirense será melhor pontuado, pois o peso percentual da proposta artística será determinante.

Com mais de duas décadas de experiência, a Lusoesfera tem a vantagem de ser proprietária de muitos dos equipamentos necessários, com destaque para as estruturas que recriam as imagens propostas.

Já a Indutora apresenta-se como sendo uma empresa especializada em electricidade, em que 90% dos seus 150 colaboradores são profissionais com formação adequada, contando ainda com o outro setenta colaboradores da Som ao Vivo, empresa que vem conquistando uma posição de destaque nas festas e grandes eventos, em que garante a instalação dos palcos e dos equipamentos de som.

Segundo foi possível apurar, após a abertura das propostas a decisão do júri será conhecida nos trinta dias subsequentes, permitindo à empresa vencedora iniciar em Outubro o seu trabalho de execução das propostas artísticas, a tempo de no final de Novembro iniciar a instalação das lâmpadas. As duas propostas presentes a concurso têm como preço base um valor semelhante, ao que apuramos, pelo que a decisão será determinada pela criatividade dos motivos, dos materiais a utilizar, da inovação e sobretudo pela garantia de eficácia na execução que a Lusoesfera e a Indutora/Som ao Vivo assegurarem.

400 mil lâmpadas

Só na 'baixa' as iluminações deverão obrigar à colocação de mais de 200 mil lâmpadas, número exigido não só para dar forma aos efeitos, como na colocação nas árvores;
Nas restantes nove freguesias do concelho do Funchal serão colocadas outras 200 mil lâmpadas, o que obriga a empresa vencedora a garantir a colocação de 400 mil lâmpadas;
São mais de uma centena de quilómetros de gambiarras e de cabos necessários às iluminação.

DN Madeira

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