segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Investimento de 2 milhões em caramelos


Empresa madeirense vai investir 2 milhões de euros para se tornar a primeira fábrica em Portugal a produzir caramelos recheados.

Data: 21-09-2009






Na Madeira há uma fábrica que está a produzir e a exportar mil toneladas de rebuçados por ano. Para melhor se compreender a dimensão da empresa madeirense, refira-se que existem quatro fábricas em Portugal e que a do Caniçal é a segunda maior a operar no mercado.

Usando açúcar e glucose - derivada do milho - na confecção dos rebuçados que produz, garante o seu director-geral, Ricardo Freitas, "que os custos com a importação da matéria prima não retira competitividade quando a empresa se apresenta nos mercados internacionais".

Deste modo, das mil toneladas de rebuçados que saem do Caniçal, 10% vão para a Rússia, Venezuela e Canadá e apenas 5% é vendido no mercado regional, com a restante produção a ser escoada em Portugal.

Segundo o engenheiro responsável pela gestão, o grande segredo da empresa madeirense "é o tipo de produto que fabrica e a oferta que a diferencia da concorrência ao nível da qualidade, personalização garantida. Temos uma oferta de negócio que não há em Portugal, pois adquirimos uma máquina de impressão de papel que nos permite personalizar o produto".

Grande novidade foi a introdução no mercado de "um rebuçado de 2 gramas, que mais nenhuma outra fábrica portuguesa tem. Essa é outra das marcas diferenciadora da 'Sweets and Sugar', pois permite aos clientes pelo mesmo preço comprar mais rebuçados".

O sucesso da empresa é expresso pelo crescimento de 30% nas vendas, sendo este consequência da aposta num novo segmento : as marcas próprias. "Nós estamos a fornecer a Sonae, a Jerónimo Martins e para o Hipermarche, Carfur, entre outros", destaca Ricardo Freitas.

Mas não só de rebuçados se faz a vida desta empresa. "Temos também um negócio de açúcar, que passa pela importação a granel e o seu embalamento. Nós fornecemos 95% das saquetas para cafés. E vendemos açúcar branco ou mascavado para o mercado da Madeira".

Importando do Brasil, Alemanha e Portugal o açúcar a granel, a empresa madeirense embala em pequenas saquetas ou em sacos de um quilo, fazendo as marcas próprias dos grandes grossistas a operar em Portugal (Modelo, Pingo Doce, etc).

Garantindo aos madeirenses açúcar mais barato do que os restantes portugueses, esta vantagem competitiva resulta dos apoios do POSEIMA, pois a importação de países terceiro está isenta de direitos, pelo que o preço de referência (0,45) garante uma margem maior em relação aos valores praticados na União Europeia (0,60).

Os tempos são de crise mas a 'Sweets and Sugar' está a facturar este ano mais 30% e vai investir até o final do ano 2 milhões de euros numa nova linha de produção. Que vai permitir lançar produtos bioactivos, ou seja rebuçados que fazem bem à saúde. A nova aposta já interessou três grandes distribuidoras nacionais de medicamentos, estando a fábrica madeirense a preparar-se para produzir e vender rebuçados que terão efeitos positivos na saúde.

Esta nova linha vai permitir, também, a produção de caramelos recheados, passando a fábrica madeirense a ser a única em Portugal - na Europa só existem três - a produzir este tipo de produto. E a nova 'linha' vai permitir produzir 6 mil toneladas por ano.

6 contentores por mês para a exportação

O projecto de uma 'fábrica de balas' tem cerca de 12 anos e surgiu na sequência de um investimento brasileiro feito em várias fábricas na Zona Franca Industrial, tendo ganho maior fôlego com a entrada da Ocean Island (Grupo Porto Bay) e de Jimmy Welsh.

Comprando as matérias primas no mercado de futuros, na bolsa de Londres de mercadorias, no Caniçal são desembarcados 10/15 contentores por mês de açúcar.

Com um armazém em Lisboa e uma equipa comercial de seis vendedores e um director, a Sweets and Sugar tem a sua fábrica no Caniçal, onde trabalham 35/40 colaboradores, que garantem uma produção de 10 toneladas/dia, o equivalente à exportação de 6 contentores (40 pés) por mês.


DN Madeira

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