sábado, 5 de setembro de 2009

Inaguração do Parque Eolica da ENERAM no Sitio das Pedras



O Presidente do Governo Regional da Madeira, inaugurou no dia 4 de Setembro, sexta-feira, às 17:00 horas, no sítio das Pedras, Paúl da Serra, Concelho de São Vicente, o novo Parque Eólico da sociedade ENEREEM- Energias Renováveis, Lda., do grupo EEM.

Com a potência de 10,2 MW, este investimento compreende 12 aerogeradores de potência unitária de 850 kW, atingindo as torres 49 metros de altura e o diâmetro do rotor 52 metros.

A produção prevista para o novo parque é de 25,1 GWh/ano, correspondendo ao consumo doméstico(residencial) dos Concelhos do São Vicente, Porto Moniz, Santana e Ponta do Sol, (aproximadamente 13.000 consumidores), permitindo, adicionalmente, evitar a emissão anual de 17,5 kton de CO2 e a importação de 5,6 kton de fuel.

O parque dispõe de equipamentos de grande inovação, estando dotado com sistema de regulação de modo a garantir a estabilidade da rede eléctrica e munido de comando e controlo remoto, a partir do serviço de Despacho da EEM.

O investimento enquadra-se na estratégia de evolução do Sistema Eléctrico Regional em que a maximização do aproveitamento dos recursos renováveis ocupa lugar central, visando a construção de uma sociedade com menor intensidade de carbono e prestando o seu contributo para atenuação das alterações climáticas.

O novo parque eólico representa um investimento que ascendeu a 13 Milhões de Euros.










PGRAM


À espera das decisões Lisboa estaríamos embasbacados afirma Jardim
Autonomia e democracia desenvolvem a Madeira







“Não há dúvida que a democracia e a Autonomia foram fundamentais para o nosso arquipélago”, disse ontem, o presidente do Governo Regional durante a inauguração do Parque Eólico, no Sítio das Pedras, no Paul da Serra.
A democracia, explicou, “porque além de outras virtudes”, afirmou, “permite às populações fiscalizar e avaliar o trabalho de quem está à frente nas suas responsabilidades e depois proceder aos tais acertos, graças ao regime democrático”.
Quanto à Autonomia, apontou Alberto João Jardim, “permitiu ao território estar a tomar as suas próprias decisões, tendo em conta o conhecimento que a proximidade dá acerca dos problemas a enfrentar”.
Perante esta explicação, deixou uma questão no ar: “Eu também pergunto à consciência de cada um, o que seria se estivéssemos à espera de decisões de Lisboa para podermos construir qualquer uma destas torres que ali estão?”.
Jardim disse, em jeito de ironia, que se assim fosse, “estaríamos hoje a inaugurar, não na sequência de todos estes postos eólicos, toda esta função que é de impacto notável na economia da Madeira, estaríamos talvez na ponta do cais, de chapéu na mão, a agradecer a qualquer ignoto Secretário de Estado, nos ter oferecido um brinquedo daqueles (miniatura de aerogerador), que dava aqui para nós, embasbacados, olharmos para aquilo”.

Reconhecimento à EEM e ao Vice do Governo

Nesta inauguração, na qual tomaram parte diversas responsáveis dos mais variados quadrantes, Jardim deixou uma palavra de reconhecimento ao Conselho de Administração da Empresa de Electricidade da Madeira (EEM), pelo “magnífico e extraordinário trabalho que vem desenvolvendo” bem como aos demais “técnicos e trabalhadores que, ao longo destes 30 anos, estiveram sempre na primeira linha, no sentido de desenvolver a Madeira”.
Satisfeito com o investimento, Jardim explicou que o parque eólico visa reduzir a despesa com a importação de combustível para a RAM mas, também, tem como objectivo aumentar o valor acrescentado do PIB e tornar disponível massas monetárias que irão gerar mais investimento na Madeira e que irão permitir criar mais postos de trabalho.
Jardim considera notável aquilo que a Região está a fazer em matéria das energias renováveis, tendo destacado a visão estratégica que o Vice-Presidente do Governo Regional, João Cunha e Silva vem impondo neste sector.
Reiterou que “o que se está hoje aqui a fazer é um “acto de política ambiental”, que “não é sabotar os investimentos de cada um, usando a sua poupança que vai procurando fazer, a política ambiental passa por não dissociar a energia do ambiente e de não dissociar a energia/ambiente da paisagem”.
Cada torre geradora está numa zona em que não agride o ambiente, a tradicional paisagem madeirense e a própria natureza circundante, um trabalho que foi possível com o apoio da Direcção Regional de Florestas.

Reduzir custos com fuel e CO2


O presidente do Conselho de Administração da EEM, Rui Rebelo explicou, na oportunidade, que com a entrada em funcionamento deste parque eólico, a produção de energia eólica na Região rondará os 61 GHh/ano, 6.5% do total de produção de energia eléctrica.
A componente eólica passará a assegurar as necessidades de consumo de electricidade de cerca de 23% do sector residencial da RAM. Vai permitir a poupança de 600 mil euros/ano em aquisições de licenças de emissão de CO2 e uma economia de 4.1 milhões de euros/ano, com a redução de importações de derivados de petróleo.

A obra
O Parque Eólico instalado no Sítio das Pedras - Paul da Serra, sob a responsabilidade da Sociedade ENEREEM - Energias Renováveis, Lda. do grupo EEM representa um investimento de 13 milhões de euros. Compreende 12 aerogeradores, que irão produzir 25.1 GWh/ano, o que corresponde ao consumo doméstico de aproximadamente 13 mil consumidores. Vai permitir que se evite a emissão anual de 17.5 kton de CO2 para a atmosfera e a importação de 5.6 kton de fuel. O parque dispõe de equipamentos de grande inovação, estando dotado com sistema de regulação de modo a garantir a estabilidade da rede eléctrica.


Jornal da Madeira

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