domingo, 13 de setembro de 2009

INaguração do novo acesso oeste a Santo Amaro

Acesso Oeste a Santo Amaro.


Encarando o reforço da rede viária como uma importante estratégia para o desenvolvimento económico e para a elevação da qualidade de vida das populações, o Presidente do Governo Regional inauguou no dia 12 de Setembro de 2009, sábado, pelas 17h00, o novo Acesso Oeste a Santo Amaro.

Da responsabilidade da Secretaria Regional do Equipamento Social, através da Direcção Regional de Infra-estruturas e Equipamentos, a execução do arruamento de ligação entre a Via Rápida (nó das Quebradas) e o sítio de Santo Amaro tem como propósito tornar mais célere a acessibilidade a uma zona de forte crescimento comercial e industrial.

Desenvolvendo-se ao longo de 1.200 metros, a nova via vem servir uma zona em grande expansão, facilitar o acesso à Via Rápida e descongestionar os arruamentos actualmente utilizados.

O traçado é composto por uma faixa de rodagem com sete metros de largura (duas vias de 3,5 metros cada) e passeios em ambos os lados.

A obra contemplou também a construção de vários espaços de estacionamento para veículos ligeiros e incluiu o lançamento de redes de águas domésticas e pluviais, bocas-de-incêndio e iluminação pública.

Para uma maior fluidez do tráfego foi executada uma passagem desnivelada sobre o Caminho do Poço Barral.

Em complementaridade e com o mesmo objectivo, dado o previsível crescimento do trânsito automóvel proveniente do novo acesso, foi também executado o alargamento da Travessa da Ribeira dos Alecrins, numa extensão de 200 metros.

Trata-se de mais um investimento público do Governo Regional no concelho do Funchal que ascendeu a 4.161.000,00 Euros.
















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Jardim diz que não é separatista mas que se for imposta a independência não se vai opor
Portugal não tem estrutura constitucional para sair da crise











O País não tem estrutura constitucional para recuperar da crise, afirmou ontem o presidente do Governo Regional. Alberto João Jardim inaugurou a ligação entre Santo Amaro e Santa Rita e sublinhou que há muita gente que está na política para se servir e não para servir. Por isso, «não vai dar para a desejada recuperação».».
O presidente madeirense enalteceu ainda que «há uma asfixia democrática sobre a Madeira, que depois se traduz em termos económicos». «Ponham-se no meu lugar, em quatro anos temos de governar com quatro orçamentos, mas temos tido de governar esses mesmos quatro anos com o orçamento de três anos, pelo que não tem sido nada fácil», explicou.
Por outro lado, lembra que o País não aproveitou o tempo das “vacas gordas”. «Andam há 15 anos a ouvir-me dizer que estas políticas orçamentárias, feitas também por governos do meu partido, estavam erradas, que era preciso investir, que a dívida pública não era para pagar a máquina do Estado mas era para investir, que investindo havia emprego e que só havendo emprego há consumo, e porque havendo consumo é que as empresas funcionam».
Ora, complementou, «o dinheiro que não foi mal gasto ficou nos bancos, ninguém o aplicou, os bancos tinham de pagar juros às pessoas e tinham que aplicar esse dinheiro em especulação de bolsa, para pagar os juros aos depositantes». «Isto é uma “bola de neve”, quando se começa a especular vai por aí fora e deu o estoiro que deu. Mas, agora ninguém se lembra de dizer que o Alberto João há 15 anos andava a dizer que isto iria dar no que deu», disse ainda.
Jardim disse ainda estranhar tanta satisfação por uma subida de 0,3 pontos percentuais da Economia portuguesa em relação ao trimestre anterior. Porque no trimestre anterior estava abaixo de zero. Portanto, «0,3% vezes menos de zero, continua a ser zero». «Logo, a Economia continua desgraçada. E enfiam-nos o barrete que isto está a recuperar. Não está a recuperar coisa nenhuma!», asseverou.
Aliás, segundo Jardim, o País não tem estrutura constitucional para recuperar, há muita gente que não quer trabalhar, há muita gente que só quer fazer política, há muita gente que está na política para se servir e não para servir o País». «E assim isto não vai!...».
«Se calhar o Presidente da República, depois desta confusão de eleições que vai para aí, não vai ter que nomear um Governo, vai ter que nomear uma comissão liquidatária para este País, porque ele não tem conserto tal como está», ironizou.
Jardim estranhou ainda tanta preocupação em relação à Madeira, sublinhando que no meio de todo este disparate, a Região é que é a “dor de cabeça deles”. «Somos 270 mil, não temos riquezas nem matérias-prima, importamos mais de oitenta por cento do que consome e aqueles pobres diabos estão é preocupados com a Madeira. Há um mistério nisto».
No meio de tudo isto, disse, há uma questão simples: «Na Madeira, há dois jornais diários: um é contra o Governo, o outro está do lado do Governo. Isto é democracia. No Continente não há nenhum jornal de oposição ao Governo. No Continente faz-se leis para fechar jornais e rádios, eu lutei para manter um diário aqui aberto. Na Madeira corta-se tudo o que diz respeito ao Governo Regional na televisão e na rádio, porque são mandadas por Lisboa».
«Tinha um acordo com o sr. primeiro-ministro Durão Barroso no sentido de haver uma dupla tutela, da RAM e do estado, na televisão, mas o actual Governo da Repúblico não honrou esse compromisso. É a própria Constituição que diz que os governantes têm o dever de informar, ora eu não posso informar porque eles (RTP e RDP) não mostram o que se vai inaugurando e as explicações que eu dou. A RTP e a RDP, às ordens de Lisboa, violam a Constituição», destacou.
Jardim esclareceu ainda: «Se me ameaçarem com a independência eu costumo dizer: eu não sou separatista, tenho muita honra em ser português, não sou pela independência, mas se quiserem ver livres de nós eu também não me oponho».
Miguel Albuquerque, por seu turno, sublinhou que «a política não é só conversa: tem uma componente de trabalho, de mobilização das populações, tem uma componente afectiva».
O presidente da Câmara do Funchal mostrou-se ainda estupefacto com alguns dos debates que vêm acontecendo, lembrando que os que falam em falta de democracia na Madeira são os mesmos que, anos atrás, quiseram fechar jornais e empresas, promover uma nova ditadura e suprimir os direitos, liberdades e garantias das pessoas, «Quem é essa gente para falar de falta de liberdade. Eles podem armar-se em esquerdistas “soft”, mas não enganam ninguém...», disse ainda.

A obra

O novo acesso oeste a Santo Amaro veio permitir a ligação entre a Via Rápida (nó das Quebradas) e o sítio de Santo Amaro, junto ao “Madeira Shopping”.
Desenvolve-se ao longo de 1.200 metros, com o seu traçado a ser composto por uma faixa de rodagem com sete metros de largura e passeios em ambos os lados.
A obra contemplou também a construção de vários espaços de estacionamento para veículos ligeiros e incluiu o lançamento de redes de águas domésticas e pluviais, bocas de incêndio e iluminação pública. Foi igualmente alargada a Travessa da Ribeira dos Alecrins. Tudo isto custou 4,161 milhões de euros.



Jornal da Madeira

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