sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Inaguração da nova Ligação e Beneficiação do Largo dos Remedios (Machico)







O Presidente do Governo Regional inaugurou, no dia 17 de Setembro de 2009, quinta-feira, pelas 18h00, a nova Ligação ao Largo dos Milagres, na Freguesia e Concelho de Machico.

A obra do Executivo madeirense, contemplou a construção de um arruamento marginal à ribeira de ligação ao Largo dos Milagres, com infra-estruturas de águas, esgotos, electricidade e telefones.

O novo arruamento, construído na continuidade do existente, tem um perfil idêntico, com uma faixa de rodagem de sete metros de largura e passeios com 1,5m em ambos os lados.

A empreitada incluiu, ainda, a canalização de um afluente da Ribeira de Machico, através de um aqueduto com secção de vazão de 1,5x1,5m2 e o reforço da muralha de pedra aparelhada da Ribeira.

Constou da obra, ainda, a construção de muros de suporte ao arruamento, bem como a reposição de redes de drenagem existentes, pinturas e arranjo estruturais das construções.

O Largo dos Milagres foi transformado em zona pedonal, com reutilização do pavimento de paralelepípedos existente.

Trata-se de mais um investimento público do Governo Regional, na Freguesia e Concelho de Machico, que ascendeu a cerca de 1.600.000,00 Euros.




















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Jardim sublinha que só o trabalho, e não as palavras, é que constrói e alerta
Há inveja sobre o trabalho do povo madeirense










Alberto João Jardim aproveitou, ontem, a presença de uma grande multidão na inauguração da nova ligação e beneficiação do Largo dos Milagres para tecer os mais rasgados elogios ao povo da Madeira, sobre quem recai muita inveja pela sua forma de trabalhar. Numa altura em que muitos ainda «procuram o seu rumo», o presidente do Governo Regional aproveitou para deixar o recado de que as palavras nada constroem.
«Há muita inveja sobre esta maneira de trabalhar do povo madeirense. Há muita gente que ainda não deu com o seu rumo e que não sabe ainda bem o que quer. Nós, aqui nesta terra, percebemos o que queríamos. Percebíamos que ninguém ia fazer nada por nós. Percebemos que estava nas nossas mãos fazer o que podíamos e devíamos fazer. Durante séculos, o que produzimos, desde a cana de açúcar até ao pescado e ao dinheiro que se fazia na Madeira, foi para lá quase tudo. E hoje, vós e eu próprio, somos objecto de algumas raivas e invejas porque o 25 de Abril e a Autonomia deram-nos o direito de dispor de nós próprios. Há quem tenha perdido tempo e feito política só com palavras e ilusões. As palavras nada constroem. Só o trabalho é que constrói», disse Alberto João Jardim.

«Mal vão os povos quando se abstêm de decidir»

O líder do Executivo madeirense lembrou, por outro lado, que «para construir é preciso pensar nos outros e não no interesse pessoal», deixando claro, também, que a construção de um país, de uma cidade ou de uma pequena aldeia tem de ser feita com amor e sentido de solidariedade. «Só assim é que vamos ter força para ganhar o futuro. O ódio não leva a nada. O amor ultrapassa fronteiras. A solidariedade social motiva-nos e dá-nos força. Esta é a lição do povo de Machico», acentuou, num elogio à população do concelho que compareceu em massa ao acto.
Jardim aproveitou para voltar a insistir na ideia de que o povo é quem decide. «Esta não é apenas uma obra do Governo ou da Câmara. Nas democracias, as obras são do povo, que é quem escolhe e decide», disse, acrescentando mesmo que «mal vão as democracias e os povos quando a população se abstém de decidir. Porque a liberdade e a democracia são isto mesmo: exigirmos, pedirmos, mas também cumprirmos os nossos deveres. Não há democracia sem, por um lado, defendermos os nossos direitos e, ao mesmo tempo, cumprirmos os nossos deveres», destacou.
«Os governantes – prosseguiu - só acertam quando sabem interpretar e ler a alma de um povo» Neste particular, frisou que toda a história de Machico é a história de uma alma. «A alma de ter identidade própria e decidir. A alma de uma grande personalidade. Eu gostava de ser machiqueiro porque gosto de pessoas como vós», referiu.
Porém, Jardim afirma que não basta apenas dizer palavras bonitas se não houver propósitos, ou melhor, trabalho. «Há 31 anos, quando pela primeira vez tomei posse do Governo, lembro-me que nesse dia disse “da minha parte, só vos prometo uma coisa: trabalhar”. Aprendi convosco a trabalhar, segui o vosso exemplo. Não sou perfeito, também fiz asneiras, mas procurei aprender convosco como é que um povo trabalha. E é esse o caminho que temos de seguir», concluiu.

«População sabe estar reconhecida»

Emanuel Gomes também agradeceu a presença massiva da população, situação que, frisou, confirma que «a população de Machico é reconhecida e sabe estar do lado de quem quer fazer de Machico uma grande cidade».
Apesar de esta não ser uma obra significativa em termos de tamanho e financeiros, o autarca destacou que esta é uma obra com um significado imenso para a população da freguesia e da cidade. «Vamos permitir que as pessoas possam rapidamente aceder à frente-mar sem ter que passar pelas pequenas e antigas estradas que existiam na zona histórica da Banda d'Além», destacou, tendo admitido ainda que mexer naquele largo foi um desafio.
«É um espaço quase sagrado, junto à Capela que todos nós respeitamos. Mexer neste largo foi, para nós, um desafio. Estávamos com algum receio. Sabemos que as pessoas de Machico são críticas e inteligentes e não querem que se faça asneira. Mas temos a certeza, depois de ouvidas muitas pessoas, que conseguimos fazer um belíssimo largo. E é por isso que hoje nos sentimos orgulhosos de ser machiqueiros e de fazer Machico todos os dias melhor», concluiu, por entre agradecimentos ao secretário do Equipamento Social, Santos Costa e ao presidente do Governo por terem tornado possível a obra.

A obra

A nova ligação ao Largo dos Milagres, a cargo do Executivo madeirense, contemplou a construção de um arruamento marginal à ribeira, com infra-estruturas de águas, esgotos, electricidade e telefones. O novo arruamento, construído na continuidade do existente, tem um perfil idêntico, com uma faixa de rodagem de sete metros de largura e passeios com 1,5m em ambos os lados. A empreitada incluiu, ainda, a canalização de um afluente da Ribeira de Machico, através de um aqueduto com secção de vazão de 1,5x1,5m2 e o reforço da muralha de pedra aparelhada da Ribeira. Constou da obra, ainda, a construção de muros de suporte ao arruamento, bem como a reposição de redes de drenagem existentes, pinturas e arranjo estruturais das construções. O Largo dos Milagres foi transformado em zona pedonal, com reutilização do pavimento de paralelepípedos existente. O investimento ascendeu a cerca de 1,6 milhões de euros.


Jornal da Madeira

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