Mesmo as uvas que não atinjam o grau mínimo para a produção de vinho Madeira e de vinho de mesa madeirense vão ser compradas pelo Governo Regional. O executivo sublinha que esta ajuda, significa mais um apoio ao sector, justificado por razões sociais e de protecção dos rendimentos dos agricultores, que corriam o risco de serem afectados pelas difíceis condições climáticas que têm assolado os principais centros produtores da região autónoma.
O Governo Regional decidiu apoiar os agricultores cujas uvas não atinjam o grau mínimo necessário para a produção de vinho Madeira e de vinho de mesa madeirense. Uma medida que o executivo justica devido às condições climatéricas que se vêm registando, que impedem a normal maturação das uvas.
Esta medida tem efeitos retroactivos em relação ao início da vindima e os que viram as suas produções recusadas serão ajudados na mesma. Realce-se, contudo, que apenas 0,8% da quantidade entregue até hoje foi rejeitada pelos serviços.
O apoio será de 0,60 € por Kg, para os agricultores que entreguem as uvas ao IVBAM e de 0,50 € por Kg de uva, no caso de preferirem receber o mosto resultante das mesmas para uso particular.
Para o caso da casta Arnsburger, o valor a pagar será de, respectivamente, 0,40 € e 0,30 € por Kg.
Serão objecto de apoio as uvas que, não atingindo o grau mínimo necessário, apresentem grau alcoólico provável igual ou superior a 8º e inferior a 9º, no caso das uvas destinadas à produção de vinho Madeira, e, no caso dos vinhos de mesa, com grau superior a 9º e inferior a 10º, dado ser este o grau mínimo para a produção de vinho de mesa.
Adianta a Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais que, excepcionalmente, para a casta Sercial poderão ser entregues uvas com grau igual ou superior a 7,5º.
As uvas abrangidas pelo apoio não poderão ser utilizadas na produção de vinho Madeira ou de mesa, sendo devolvidas aos viticultores sob forma de mosto, ou, no caso de serem entregues ao IVBAM, serão destinados à produção de produtos alternativos.
O executivo sublinha que esta ajuda, significa mais um apoio do Governo Regional ao sector, justificado por razões sociais e de protecção dos rendimentos dos agricultores, que corriam o risco de serem afectados pelas difíceis condições climáticas que têm assolado os principais centros produtores da região autónoma.
Recorde-se que já antes, o Governo Regional havia aprovado uma linha de crédito bonificado no valor de 3.5 milhõe de euros, destinado a garantir o escoamento total da produção com grau mínimo, o que, mais uma vez garante.
Desta forma, o Governo Regional sublinha que, em articulação com o sector vitivinícola, “age em tempo útil na defesa dos produtores, quer assegurando o escoamento da uva com grau mínimo, quer ajudando o rendimento dos viticultores que, pelas razões climáticas aos quais são alheios, não tenham conseguido atingir o grau mínimo necessário”.
Mais adianta que o Governo Regional continuará a acompanhar a evolução da vindima e, caso se justifique, tomará outras medidas no sentido de garantir a defesa do sector vitivinícola da Região
Jornal da Madeira
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