quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Electricidade da Madeira distribui 250 mil lâmpadas

Campanha terá início já este mês e funcionará em moldes idênticos à anterior
Data: 02-09-2009



A empresa Electricidade da Madeira - EM - vai disponibilizar mais 250 mil lâmpadas eficientes aos seus clientes no âmbito de uma nova campanha de sensibilização para a necessidade de poupança energética. Esta campanha de troca de lâmpadas, a segunda lançada deste tipo pela EM, arrancará ainda durante este mês de Setembro e destina-se a todos os clientes da empresa madeirense à semelhança, aliás, do que aconteceu com a anterior acção. O presidente do Conselho de Administração da empresa Electricidade da Madeira explica que o objectivo desta nova campanha é em todo semelhante à anterior. Campanha essa "que foi um sucesso" a todos os níveis, daí a empresa ter decidido apresentar um nova candidatura. "É uma campanha que estará em linha com a campanha anterior", diz Rui Rebelo, acrescentando que a campanha destina-se a "todos os clientes que pretendam aderir".

Sensibilizar população

Quanto à sua duração, o presidente do Conselho de Administração explica que "este programa tem a duração de dois anos", no entanto poderá encerrar mais cedo. "Vai funcionar enquanto houver lâmpadas. Depois logo se vê" pois, explica, "isto são campanhas de sensibilização e, obviamente, que nem a EM, a EDA ou a EDP querem ser vendedores de lâmpadas nem ocupar o lugar de ninguém". O que se pretende "é sensibilizar as pessoas".

Para além das lâmpadas mais eficientes, adianta Rui Rebelo, esta candidatura inclui também o fornecimento e troca de 50 mil balastros electrónicos, o que irá permitir mais eficiência e, consequentemente, mais economia energética.

Paralelamente à distribuição das lâmpadas e dos balastros electrónicos Rui Rebelo diz que a empresa Electricidade da Madeira irá continuar a sensibilizar a população madeirense para a poupança de energia através de campanhas em vários suportes, nomeadamente alguma publicidade na imprensa e distribuição de folhetos e brochuras informativas. Isso é, aliás, uma obrigação decorrente da Lei, refere Rui Rebelo. "Nós somos obrigados pela Entidade Reguladora e vamos fazer essa divulgação como fizemos na outra campanha ".

Recorde-se que na anterior campanha a empresa Electricidade da Madeira lançou uma campanha de troca que incluiu a distribuição de um total de 200 mil lâmpadas de nova geração.

Apesar do cliente ter de pagar para trocar as lâmpadas incandescentes e de hologéneo pelas lâmpadas fluorescentes compactas, a adesão superou as expectativas tendo o programa sido um êxito.

Recolha total até 2012: ue quer por europeus a poupar energia

A substituição das tradicionais lâmpadas incandescentes por lâmpadas mais eficientes ou compactas permitirá às famílias europeias uma poupança anual da ordem dos 50 euros. Esta é uma estimativa da Comissão Europeia, que já inclui neste valor o facto das lâmpadas eficientes serem mais caras que as incandescentes.

O objectivo da Comissão Europeia é retirar das prateleiras das lojas até 1 de Setembro de 2012 todas as lâmpadas incandescentes de 100 watts. Ontem teve início em todos os Estados-membros a primeira fase deste ambicioso programa de poupança energética. Depois de retiradas do mercado as lâmpadas de 100 watts será a vez das de menor potência até à extinção deste tipo de produtos.

Segundo a Comissão Europeia, a retirada deste tipo de lâmpadas do mercado permitirá uma poupança anual da ordem dos 80 TWh em 2020, o equivalente a 63 por cento mais do que é o actual consumo de energia eléctrica em Portugal.

A medida tem sido aplaudida por ambientalistas, no entanto, também comporta alguns riscos. Isso mesmo alerta a associação europeia de consumidores, que tem insistido na necessidade de ser definido um plano que dê aos consumidores alternativas tecnológicas adequadas.

Entre outras situações de risco, aquela entidade alerta para os riscos para a saúde provocados pelo elevado teor de mercúrio das lâmpadas compactas e também para o facto de não serem atendidas as necessidades dos consumidores que, por razões de sensibilidade à luz, precisam de continuar a usar lâmpadas incandescentes.

Neste momento existem ainda muitas dúvidas no ar por dissipar, no entanto, a Comissão Europeia entende que este é o caminho a seguir e defende que através desta pequena 'revolução eléctrica' o planeta e a carteira dos europeus ficarão a ganhar a médio prazo.


DN Madeira

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