sábado, 12 de setembro de 2009

CONSTRUÇÃO DE FOGOS REGISTA A DESCIDA MAIS BAIXA DO PAÍS.

Construção abranda mas não pára

Data: 12-09-2009



É um dado significativo. A Madeira é a região do país onde a construção de fogos menos caiu, sinal que a crise teve efeitos menos gravosos no sector da construção, bem como manteve o investimento em níveis superiores ao resto do país, embora mais baixos do que em período homólogo.

De acordo com os dados do INE dos dois primeiros trimestres do ano, na Madeira foram licenciados 275 edifícios, o que traduz uma queda de 27,6%. Todavia no último trimestre do ano passado, primeiro deste ano foram concluídos 719 edifícios, o que representa um acréscimo de 7,6%.

As construções novas subiram 7,8% no que respeita aos edifícios concluídos, enquanto o número de licenças emitidas tivesse baixado 31,5%. Já o número de edifícios licenciados para habitação familiar caiu 29,6% nos dois primeiros trimestres do ano, totalizando 192 edifícios. Já o número de edifícios concluídos para habitação atingiu os 538, número que traduz uma subida de 10,1%.

Ainda que se registe uma variação negativa, o número de fogos licenciados (277) e concluídos (1.531) foram inferiores em 25,9% e 8,2%, respectivamente, valores que são os mais baixos no conjunto do país.

Muito significativo é o aumento de 37,4% de metros quadrados de área total construída, enquanto a área licenciada nos dois primeiros trimestres baixou 39%.

No 2º trimestre de 2009 foram licenciados 7,8 mil edifícios, valor que representa uma variação anual de -23,8%. Por comparação com o trimestre anterior, o número de edifícios licenciados registou um aumento de 1,8%.

A variação anual do número de fogos licenciados revela que todas as regiões apresentam uma variação anual negativa, com destaque para as regiões dos Açores (-69,2%) e do Algarve (-55,0%).

O número médio de fogos por edifício, em construções novas para habitação familiar, foi de 2,3 na região do Algarve e de 2,1 na região de Lisboa, enquanto que a média do país se situa abaixo dos 2 fogos.

Curioso é registar que é nos Açores (11 meses) e na Madeira (12) que o prazo previsional de execução das obras é mais baixo, numa média nacional de 22 meses, onde o Norte (27), Algarve(22) e Centro (21) têm prazos muito altos.

Características Edifícios menos altos e com menos fogos

Em 2008, o parque habitacional da RAM foi estimado em 82 735 edifícios e 119 995 fogos. Em termos do número de edifícios, o município do Funchal é dominante, com 32% do stock de edifícios existentes na Região.

A distribuição dos fogos pelos vários municípios da Região praticamente não sofreu alterações no período 1991-2008. Dos 119 995 alojamentos residenciais clássicos existentes na Região, em 2008, 40% localizam-se no município do Funchal, seguindo-se Santa Cruz (16%) e Câmara de Lobos (11%).

O número de fogos concluídos na Região, em 2008, registou um decréscimo de 36,2% relativamente ao ano anterior. Numa análise por tipologias, verifica-se, em toda a Região, a predominância dos fogos com tipologias T2 e T3.

As características do edificado habitacional revelam algumas alterações no seu padrão, visto que a construção em altura, em 2008, apresenta 2,4 pavimentos e 2,0 fogos em média por edifício, valores que, em 2007, eram de 2,5 e de 3,9, respectivamente. A nível municipal, destacam-se o Funchal (2,9 pavimentos e 3,1 fogos) e Santa Cruz (2,5 pavimentos e 3,0 fogos) como os municípios com maior construção em altura; em contrapartida, os municípios do Porto Santo (2,1 pavimentos e 1,5 fogo) e São Vicente (2,0 pavimentos e 1,1 fogos) apresentam os valores mais baixos.


DN Madeira

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