terça-feira, 8 de setembro de 2009

Alberto João Jardim homenageou ontem o presidente da Tabua (António Ramos Rodrigues)












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Saber agradecer é acto de justiça




Alberto João Jardim sublinhou ontem que a homenagem ao presidente da Junta de Freguesia da Tabua (que em Outubro próximo termina o mandato, após cerca de sessenta anos à frente dos destinos da localidade) é um acto de justiça. O presidente do Governo Regional referiu ontem, aquando da cerimónia de descerramento da placa em sua homenagem, dando o seu nome à praça central da freguesia, que muito mal vão as civilizações que não sabem reconhecer o valor dos seus homens e das suas mulheres. Manuela Ferreira Leite, presidente do PSD nacional, de visita à Região, fez questão de estar presente no acto.




Alberto João Jardim disse ontem que muito mal vão as civilizações que não sabem reconhecer o valor dos homens e das mulheres que fizeram o seu desenvolvimento. O líder madeirense disse que um desses homens foi o ainda presidente da Junta da Tabua, António Ramos Rodrigues e que, como tal, é um acto de justiça o reconhecimento da Região a quem, durante mais de sessenta anos, liderou os destinos da freguesia.
O presidente do Governo Regional falava durante a cerimónia de homenagem ao presidente da Tabua, ontem, que constou da entrega da Insígnia Autonómica de Valor O Cordão, aprovada em resolução do conselho do Governo de 27 de Agosto corrente e do descerrar de uma placa na praça central da freguesia, que agora passa a ter o seu nome.
Manuela Ferreira Leite, presidente do PSD, fez questão de estar presente na homenagem, conforme sublinhou o líder madeirense.
No seu discurso, Alberto João Jardim referiu que «a Madeira, na sua cultura própria, e tal como tem sido a vida ao longo de quase 600 anos de história, cultivou valores, que nos permitiram resistir a todas as dificuldades desde que começou o povoamento deste arquipélago».
«Foram esses valores, esses princípios que nos permitiram resistir nas condições mais difíceis, e mais indómitas, e que hoje, com a democracia e com a autonomia, nos permitem finalmente, com poderes de decisão nas nossas mãos, podermos ganhar os desafios do desenvolvimento integral e da dignificação da pessoa humana», referiu ainda.
Segundo o líder madeirense, «este trabalho tem sido um trabalho de todos, de toda uma população sem excepção, que soube resistir às justiças externas e internas».
«Foram homens de um notável calibre e de um grande valor que permitiram que hoje chegássemos aqui. E nessa história está aqui o nosso presidente da Tabua, o nosso António Ramos. Durante dezenas de anos, sendo hoje o autarca mais antigo de Portugal, lutou sempre pelo bem-estar das populações, pela democracia e pela autonomia. E hoje, olhando aqui à volta, vendo o que é esta centralidade da Tabua, vendo o desenvolvimento que se fez nesta freguesia, o nome primeiro que está à frente desse desenvolvimento, desse progresso, é o nome de António dos Ramos», realçou.
Neste sentido, defendeu que «mal vão as civilizações, mal vão as culturas, que não sabem reconhecer o valor dos homens e das mulheres que fizeram o desenvolvimento».
«Hoje, estamos aqui a homenagear, o Governo a dizer, em nome de toda a população da RAM, o nosso obrigado, pelo que fez em prol do seu próximo. A Tabua não seria o que é hoje se não fosse a personalidade, a luta, o denodo, o interesse em prol do povo deste homem, que muito fez por esta terra. E quero aqui destacar a lealdade que sempre encontrei no sr. António Ramos. Ele sempre me deu o que era a sensibilidade popular. Obrigado», disse ainda.
Jardim fez questão ainda de realçar a presença, entre os participantes na cerimónia, da líder nacional do PSD, que ontem visitou a Região: «Esta homenagem é também significativa por estar aqui a líder nacional do partido a que Vossa Excelência sempre pertenceu e que em nome também daqueles que foram seus parceiros de luta, embora fora da Madeira, vem também aqui dizer, com a sua presença legítima e livre num país democrático, um muito obrigado».
«As pessoas têm direito a ter opiniões diferentes, mas têm o dever de ser justas. E hoje o que estamos é um acto de justiça, para um homem que é um grande madeirense, um grande autarca e que é um grande líder do povo», concluiu.
Dalila Ramos Rodrigues, filha de António Rodrigues, foi porta-voz do reconhecimento do seu pai, presente no local, e da família, «Agradeço a atribuição da insígnia e de ver o seu nome indelevelmente associado à freguesia que o viu nascer, que tanto ama e que tanto dedicou o seu empenhamento e saber», sublinhou, lembrando a colaboração da Câmara e o apoio do povo.



Jornal da Madeira

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